segunda-feira, 16 de março de 2009

CATÍTULO XVIII - AMOR À PRIMEIRA VISTA

Numa Primavera em que Isabella já tinha quinze anos tudo em seu redor era diferente. Agora sim a vida para ela era bela. Sentada à sombra das árvores Isabella contemplava a paisagem. Ouvia o cantar dos pássaros como uma melodia. Eles pareciam dizer-lhe: "anda vem daí cantar connosco", Isabella olhava-os sorridente e cantarolava caminhando para eles com seu ar alegre. Vestida com um vestido cor-de-rosa, com longo cabelo preto azeviche que lhe batia na delicada cintura ela sorria para eles. No rosto bem modelado brilham os seu olhos que mais parecem dois cristais. Isabella é muito alegre e transmite a todos a sua alegria. Até à própria Natureza que é tudo quanto a rodeia neste momento. E as flores? Como ela passa horas a contemplar, em pormenor as suas pétalas. O seu perfume dá-lhe uma vida nova, uma alegria constante de viver, de respirar ar puro.
Isabel nasceu para ser livre, para amar a Natureza, para correr de entre as plantas, as flores, para ouvir os pássaros cantar e saltitar de ramo em ramo. E o vento? Esse que nem sempre é desejado ela gostava de o ouvir através da janela do seu quarto enquanto não dormia. Ela ama tudo quanto é belo e simples. E não há nada mais belo, mais simples que, a Natureza.
Enquanto Isabella fala com os pássaros, com as flores e com as borboletas há a uma certa distância dela, uns olhos grandes que contemplam todos os seus movimentos. Movimentos esses que, ela está longe de supor que alguém os contemplo.
No apaixonado carinho pela Natureza há apenas um desejo nos seus olhos: ver de perto e nas mais pequenas coisas a delicada arte da Natureza. E nem pela sua sombra, ela pensa, que faz parte da Natureza que a rodeia. "Sentada no chão por entre malmequeres brancos e amarelos, ela é a mais rara flor daquela planície primaveril": pensa consigo o seu contemplador ao mesmo tempo que se aproxima dela sem fazer ruído.
__ Olá! Está uma linda manhã, não acha? __ Pronuncia o desconhecido a alguns passos dela.
__ Sim. Mas quem é o senhor? __ Pergunta Isabella enquanto repentinamente se levanta e compõe o vestido.
__ Quem sou eu? Então não me conheces? E claro! Eu também não te conhecia pessoalmente, mas, aqui nesta planície, só podes ser a Isabella. A neta de José da Silva e a mais bela rapariga desta aldeia __ acrescenta o rapaz olhando fixamente a rapariga nos olhos. Esta fica sem saber o que dizer, mas para disfarçar a timidez pronuncia:
__ Sim sou neta do José da Silva. O senhor conhece o meu avô?
__ não muito bem, mas conhece-o.
__ O senhor é cá da aldeia?
__ Sim, mas estou cá pouco tempo __ acrescenta o rapaz não desviando o seu olhar de Isabella.
__ Ah! Talvez por isso eu nunca o tenho visto. Então adeus!
__ Adeus! Isabella costuma vir para aqui muitas vezes?
__ Algumas __ responde-lhe ela nem sorriso gracioso, muito habitual no seu rosto, enquanto se afasta de caminho a casa.

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Tenho bom coração, bom carácter, gosto da humanidade em geral, gosto de crianças... diversão: gosto de ler, de escrever, conviver, gostava de ter amigos verdadeiros, como divorciada não gostava de envelhecer sozinha, estou em casa sempre que não trabalho... e gostava de ser mais feliz... encontrar alguém para amar e fugirmos à monotonia.